Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Penso Rápido

Pequenos Remédios, para as comichões do dia-a-dia.

Penso Rápido

Pequenos Remédios, para as comichões do dia-a-dia.

Vamos cuscar? 12#

O primeirocontacto com a Raquel foi … pelo facebook. Estranho, nos dias de hoje, não é?!Na verdade já nos conhecíamos por aí e viemos a descobrir que até moramos muitoperto uma da outra. Na altura estava a lançar no blog, a semana dos passatemposcom projectos interessantes locais e foi feito o contacto mesmo assim, via redesocial. Daí a nos encontrarmos foi rápido e uma tão boa surpresa que ficou aminha vontade de dar a conhecer melhor o projecto da BeeRural, que toma corpo ealma através da Raquel.

A chegada àsede, no espaço SerQ, foi cheio de boas energias e percebi porque é que uma pessoa assim, teria que estar associada ao mel. A Raquel emana entusiasmo em cada frase queexplica, com uma ternura e saber imenso, sobre este mundo das abelhas e afins.

Da parte de trásdo escritório, duas salas, uma com mel certificado armazenado e uma outra comcolmeias e afins. Fiquei tão fascinada com as explicações da Raquel que me tiveque segurar para não comprar uma colmeia ali mesmo e começar a produzir tambémmel. É mais simples do que se pensa, na dose certa de dedicação e algunsconhecimentos práticos.

Isso e um dosmeus filhos ter pavor a abelhas. Um dia destes vou levá-los a conhecer aRaquel. É que fiquei a saber que sem abelhas, toda a produção agrícola da Europa, terminaria em dois, três anos. É um mundo por descobrir, na primeirapessoa com a Raquel, que curiosamente, rima com ... mel. Vamos cuscar?


Idade: 31

Naturalidade: Sertã

Comidas preferidas: Francesinha, arroz de maranho, bacalhau com natas

Um livro a não perder: Livro Storytelling | A magia das palavras de Gabriel García de Oro

1.     Se pudesses convidar alguém famoso (vivo ou morto) para jantar,quem escolherias e porquê?
O Mário Ferreira, do Douro Azul, pela história que nos traze todo o seu percurso até hoje, demonstrando uma fortepersonalidade e uma visão estratégica e inteligente na gestão dos negócios… ésem dúvida um grande Shark Tank.

2.     Raquel… comes mel todos os dias? Quase todos os dias, consumo por exemplo no chá, sobremesas oumesmo em pratos principais, fica muito bem o mel nos temperos. 


3.     És um doce de pessoa mas… como começou esta paixão pelas abelhas?
O interesse pela apicultura começou com aleitura de vários artigos que alertavam para ocontínuo aumento da taxa de mortalidade das abelhas e o seu impacto negativo naagricultura. Estima-se que 76% da produção alimentar na UE depende dapolinização das abelhas.
Estas palavras despertaram o meu interesse e entusiasmopara explorar o mundo das abelhas e, consequentemente, a formar-me emApicultura e a regressar a Lisboa para desenvolver a tese de mestrado com otema: “Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) na Apicultura”. Para os maiscuriosos, os SIG são uma ferramenta útil ao serviço da Apicultura, que, atravésde uma infraestrutura de dados espaciais, possibilita conhecer o Território epromover medidas preventivas que contribuam para o bem-estar das colónias.
Tudo isto, aliado à minha paixão pelocontacto com a natureza, o meio rural e a relação de proximidade com amigosligados às áreas agrícolas, foi marcante para desenvolver trabalhos nestatemática.


4.     Quando se percebe que é mesmo por aqui o caminho, que faz sentidotrabalhar no terreno, quais foram os maiores desafios que encontraste?
Quando comecei a interagir com o sector apícola um dos maioresdesafios foi conseguir reunir todas as condições para agendar visitas de campocom os apicultores e georreferenciar o número máximo de apiários, entre outrosdados, para que fosse possível desenvolver este trabalho. 

A nível empresarial as dificuldades no setor apícola são várias e,por vezes, os desafios são grandes para conseguir rentabilizar da melhormaneira o que apicultura tem de melhor. Existem várias medidas que não sãocumpridas, o que acarreta graves consequências e impossibilita a construção umaestrutura apropriada de apoio aos apicultores.

É urgente a necessidade de "bons líderes" no sectorapícola, aqueles que conseguem valorizar a apicultura, formando uma equipa e,que concordam em repartir os apoios segundo as necessidades reais dosprodutores. E eles existem e são uma referênciapara mim porque, apesar de todas as dificuldades, fazem aquilo que mais gostamdando o exemplo e motivação a outros para fazerem sempre o seu melhor.

5.     Como é o teu dia-a-dia?
O meu dia-a-dia começa por visualizar as tarefascom maior prioridade e proceder à realização das mesmas, oqual conto com o apoio da Cláudia Oliveira, queestá integrada na empresa BeeRural, desenvolvendo trabalhos na segurança ehigiene no trabalho apícola, controlo de qualidade e acompanhamento técnico aosapicultores. Entre o serviço prestado no gabinete, sempre que existedisponibilidade visito os meus apiários e prestamos apoio a outros produtores.

Cláudia Oliveira


Todos os dias são um desafio para tentarcorresponder às necessidades que existem no sector apícola sendo, por vezes,difícil ter capacidade de resposta para alguns dos problemas dos apicultores,como a disponibilidade de venda de medicamento veterinário para as doenças dasabelhas.




6.     Como surgiu a BeeRural?
Surgiuda necessidade de desenvolver estratégias para valorizar a Apicultura em Portugal. Na minha opinião e,perante a realidade que está acontecer no sector, o importante não é vendermais mas sim vender melhor, num ciclo corporativo continuo em defesa doprodutor. Durante o trabalho desenvolvido até ao momento, verifiquei queo nosso sucesso pode estar na observação dos pequenos detalhes e é nisso que amarca BeeRural aposta, de modo a  valorizara apicultura em Portugal, assim como alertar asociedade para a importância das abelhas no equilíbrio ecológico do planeta.




7.     A BeeRural é muito mais do que apenas acções de formação pontuais.Surpreende-nos com todos os serviços que disponibiliza.
 A empresa BeeRural além das formações, tem vindo a fomentarrelações de proximidade com apicultores locais, prestando um serviço técnicocontínuo; estamos a finalizar um produto de qualidade, de origem exclusivamenteportuguesa (Mel), que será reconhecida pela sua embalagem diferenciadora. Paralelamente,desenvolvemos atividades educativas com criançasdo ensino pré-escolar e 1ºciclo, de modo a alertar para a importância dasabelhas no equilíbrio ecológico do planeta.




Neste momento, colaboramos com entidadespúblicas e privadas em prol da apicultura, de modo a disponibilizar formaçãogratuita e outros apoios através do Programa Apícola Nacional (PAN).

Por último, no âmbito de apiturismo, fazemos visitas guiadas parapessoas que têm a curiosidade em conhecer o mundo das abelhas, sendo um desafioe uma experiência única.


8.     Este é um caminho de enorme persistência e em acreditardiariamente que vai correr bem. Naqueles momentos em que as dúvidas seinstalam, como fazes?
Quando as dúvidas se instalam tento pensarnaquilo que é realmente importante e agir em conformidade. Normalmente acreditoque tudo vai correr bem e que as adversidades são, por vezes, uma oportunidadepara demonstrar que somos capazes de superar as dificuldades.

9.     Trabalhas maioritariamente com pessoas mais velhas, com uma sériede hábitos instalados de décadas de prática. Como tem sido a experiência dasformações que dinamizas?
As formações que a Beerural promove têm surpreendidomuito porque recebemos pessoas de várias zonas do país e temos apicultores de umafaixa etária mais elevada, que se mostram interessados em adquirir conhecimentose novas práticas apícolas. Nos últimos anos, verificou-se umacréscimo de novos apicultores apoiados através de estratégias comunitárias,uma medida que veio contribuir para o desenvolvimento do sector e na procura danossa formação.
Não posso deixar de referir, que o sucesso danossa formação está também nos nossos formadores, que são apicultores profissionaiscom motivação para ensinar e promover técnicas que contribuam para o bem-estardas abelhas.




10. Sendo tu a abelha mestra… quem não pode faltar na tua colmeia devida?
A família e os fantásticos amigos que fiz aolongo desta caminhada. É tão bom sentir que deixamos um pouco de nós e, quemuito do que somos é o resultado dos lugares onde vivemos e das pessoas que amamos.

11. Ouvimos dizer que o mel faz bem. Para quem não gostar de mel, comoo convences a comer?
O mel além de muito saboroso é um alimento que podeser usado para fortalecer o sistema imunitário, é  considerado um adoçante natural e ajuda a eliminar as toxinas favorecendo adigestãoAlém disso, o mel é o únicoalimento naturalmente doce que contém proteínas e sais minerais, como potássioe magnésio, que são importantes para a saúde. Portanto, para  quem não goste, deve fazer o esforço paraincluí-lo na alimentação e usufruir de todos os benefícios que traz.

12. Próximos passos… quais são?
Lançamento da Marca Beerural com diferentes tipos de méis;
Estabelecer parcerias para a prestação de serviços com outrasentidades públicas e privadas;
Desenvolver condições para a produção de outrosprodutos da colmeia, como o pólen e o própolis;
Exportação dos produtos da marca Beerural;
Apostar em ferramentas de apoio a futuros trabalhos académicos
(…)

13. Este blog chama-se Penso Rápido – pequenos remédios para ascomichões do dia-a-dia. Que Penso Rápido usas no teu dia-a-dia?
Um penso rápido muito colorido, cheio de boas energias, comresiliência que qualquer pessoa vai querer ter consigo.



Mais sobre mim

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em destaque no SAPO Blogs
pub