Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Penso Rápido

Pequenos Remédios, para as comichões do dia-a-dia.

Penso Rápido

Pequenos Remédios, para as comichões do dia-a-dia.

Vamos cuscar? 13#

O Pedro é um provocador simpático, de sorriso rasgado,pronto sempre a desconstruir os pensamentos imediatos de quem se lhe cruza nocaminho. Pensa seriamente fora da caixa e vê a realidade com outros tons. Écrítico. Incisivo às vezes. Põe-nos a pensar. E escreve tão bem, como pensa.Quando começo a ler os textos soltos dele, sei que não vai haver finaiscor-de-rosa ou âmbar. Nem tão pouco verdades mascaradas de fantasias defaz-de-conta-que-sou-feliz. Gosto muito desse desconcerto de nos pôr a pensarde outra forma.



Para lá desse universo cru de pôr um pouco o dedo nasferidas, que nos faz tão bem, para ver a realidade como ela também é, escrevepara crianças. Parece um paradoxo, mas não é. Porque no meio desse seu ladomais provocador, o Pedro é assim, com esse coração grande de provocadorinfantil, de pôr os mais pequenos também a pensar… de formas diferentes. Econsequentemente, também os pais deles. Brinca assim com as palavras, ora paraos mais crescidos, ora para os mais novos e não fosse ele também professor deformação, ora de inglês, ora de português. Prestes a publicar o seu segundolivro, que peso têm as palavras na vida dele? É o que vamos descobrir nesteVamos Cuscar... o Pedro Ferrão?

Idade:42

Naturalidade:Cernachedo Bonjardim

Comidaspreferidas: Gosto muito da cozinha italiana, mas da maistradicional, que recorre aos ingredientes mais simples, aos cheiros, aos aromasao toque dos produtos que moram na nossa casa, mas do lado de fora. É um festimpara os sentidos.

Umlivro a não perder: Calde José Luís Peixoto, que foi o livro que me fez começar a escrever. Depois O Sentido da Noite de Michael Cox,  uma obra estonteante escrita ao longo de 30anos. A nós enquanto leitores, parece-nos que estamos lá, é inevitávelescolhermos um lado. Sentimos o peso da injustiça, o receio da descoberta e osabor da vingança. Assim mesmo, tudo isto num só livro, mas um livro brilhante.Para finalizar não podia deixar de referir o meu autor contemporâneo preferido,AfonsoCruz  com A Boneca de  Kokoschka  ou ParaOnde Vão os Guarda-Chuvas. O Afonso escreve como ninguém, de uma forma muitovisual, com o recurso a imagens lindíssimas na sua simplicidade. Talvez portambém ser ilustrador isso lhe saia naturalmente. Além de que tenho oprivilégio de o conhecer pessoalmente e posso afirmar que é uma excelente pessoasem ser prisioneiro de qualquer tipo de vedetismos, assim sendo a escritasai-lhe à imagem dele próprio.




1.Se pudesses convidar alguém famoso (vivo ou morto) para jantar, quemescolherias e porquê?  Sepudesse mesmo, gostaria de fazer um jantar com meia dúzia de familiares e amigosque já morreram. Assim uma coisa muito maluca e nada mórbida com uma pomadadaquela de fazer levantar os mortos, só para por a conversa em dia e matarsaudades.

2.As palavras transformam-nos e influenciam tanto os nossos dias. Quandocomeçaram a ser fundamentais para ti? Acho que sempre foram, escritasou orais e continuam a ser diariamente. Há palavras que sozinhas sãoinsignificantes, mas juntas são frases inesquecíveis.




3.Que palavras te deixam inquieto? As palavras não me inquietammuito, as acções sim.

4.Como percebeste que te querias rodear de palavras e fazer disso profissão? Curiosamenteacabou por ser um processo de tentativa/erro. Errei algumas vezes até aquichegar, mas acabei por cá chegar.



5.Todos os dias estás com crianças de várias idades. Qual é a parte maisdesafiadora desse processo? Tentar que eles entendam osvalores que realmente importam da forma mais natural possível, sem imposições.Claro que às vezes é muito difícil (quase sempre).

6.Quando se trabalha com crianças fazem-se muitas descobertas diárias. O que éque elas te ensinam? Muita coisa. Boa e má. Mas o que mais aprecio é a suagenuinidade, sem filtros, sem querer parecer bem, as coisas são o que são,assim como elas. Infelizmente a falsidade é como as rugas, aparece com a idade.



7.Há muitos géneros literários e és versátil em mais do que um. O teu primeirolivro Noel, o espírito do Natal, é um livro infantil. Porquê escolher o públicoinfantil? Olha, aconteceu assim. Acho que foi o público infantilque me escolheu a mim. O Noel surgiude um micro conto que escrevi para que os miúdos ilustrassem com o objectivo defazer um filme que seria a participação do CATL na festa de Natal da escola.Correu tão bem que parti para o livro.

8.Surge esta nova obra com título tão promissor – Onde moram as coisas? Ondemorou a tua inspiração para este livro? Acho que a inspiração aparece deum conjunto de experiências e de coisas que vamos ouvindo e sem darmos contavamos guardando dentro de nós. Um dia acabam por querer sair, e depois fazem-noao mesmo tempo, sai tudo junto de uma só vez. Só temos de estar com atençãopara registar esse momento.



9. 

A amizade é muito importante, bem comoas emoções boas dos que nos rodeiam. Já no teu outro livro aparecia aimportância de Sermos com e para os outros. Que importância tem para ti, osamigos? Toda. Os amigos estão sempre lá quando é preciso, nofundo são a família que escolhemos. Não devemos é confundir amigos com pessoasque vemos todos os dias, são coisas diferentes com graus de responsabilidadediferentes.

10.Entre uma árvore, um livro e um filho… o que podemos esperar mais de ti? Maislivros e mais filhos, já levo várias árvores de avanço.

11.Este blog chama-se Penso Rápido – pequenos remédios para as comichões dodia-a-dia. Que Penso Rápido usas no teu dia-a-dia? Usovários, desde uma volta de bike ou de mota. Mas a maior parte das vezes osmelhores pensos são coisas bem pequenas e bem simples – como um sorriso ou umgesto bonito.





P.S.: Fotos (tão bonitas...) gentilmente cedidas por Carla Ruivo, autora de Darkroom.

Vamos cuscar? 12#

O primeirocontacto com a Raquel foi … pelo facebook. Estranho, nos dias de hoje, não é?!Na verdade já nos conhecíamos por aí e viemos a descobrir que até moramos muitoperto uma da outra. Na altura estava a lançar no blog, a semana dos passatemposcom projectos interessantes locais e foi feito o contacto mesmo assim, via redesocial. Daí a nos encontrarmos foi rápido e uma tão boa surpresa que ficou aminha vontade de dar a conhecer melhor o projecto da BeeRural, que toma corpo ealma através da Raquel.

A chegada àsede, no espaço SerQ, foi cheio de boas energias e percebi porque é que uma pessoa assim, teria que estar associada ao mel. A Raquel emana entusiasmo em cada frase queexplica, com uma ternura e saber imenso, sobre este mundo das abelhas e afins.

Da parte de trásdo escritório, duas salas, uma com mel certificado armazenado e uma outra comcolmeias e afins. Fiquei tão fascinada com as explicações da Raquel que me tiveque segurar para não comprar uma colmeia ali mesmo e começar a produzir tambémmel. É mais simples do que se pensa, na dose certa de dedicação e algunsconhecimentos práticos.

Isso e um dosmeus filhos ter pavor a abelhas. Um dia destes vou levá-los a conhecer aRaquel. É que fiquei a saber que sem abelhas, toda a produção agrícola da Europa, terminaria em dois, três anos. É um mundo por descobrir, na primeirapessoa com a Raquel, que curiosamente, rima com ... mel. Vamos cuscar?


Idade: 31

Naturalidade: Sertã

Comidas preferidas: Francesinha, arroz de maranho, bacalhau com natas

Um livro a não perder: Livro Storytelling | A magia das palavras de Gabriel García de Oro

1.     Se pudesses convidar alguém famoso (vivo ou morto) para jantar,quem escolherias e porquê?
O Mário Ferreira, do Douro Azul, pela história que nos traze todo o seu percurso até hoje, demonstrando uma fortepersonalidade e uma visão estratégica e inteligente na gestão dos negócios… ésem dúvida um grande Shark Tank.

2.     Raquel… comes mel todos os dias? Quase todos os dias, consumo por exemplo no chá, sobremesas oumesmo em pratos principais, fica muito bem o mel nos temperos. 


3.     És um doce de pessoa mas… como começou esta paixão pelas abelhas?
O interesse pela apicultura começou com aleitura de vários artigos que alertavam para ocontínuo aumento da taxa de mortalidade das abelhas e o seu impacto negativo naagricultura. Estima-se que 76% da produção alimentar na UE depende dapolinização das abelhas.
Estas palavras despertaram o meu interesse e entusiasmopara explorar o mundo das abelhas e, consequentemente, a formar-me emApicultura e a regressar a Lisboa para desenvolver a tese de mestrado com otema: “Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) na Apicultura”. Para os maiscuriosos, os SIG são uma ferramenta útil ao serviço da Apicultura, que, atravésde uma infraestrutura de dados espaciais, possibilita conhecer o Território epromover medidas preventivas que contribuam para o bem-estar das colónias.
Tudo isto, aliado à minha paixão pelocontacto com a natureza, o meio rural e a relação de proximidade com amigosligados às áreas agrícolas, foi marcante para desenvolver trabalhos nestatemática.


4.     Quando se percebe que é mesmo por aqui o caminho, que faz sentidotrabalhar no terreno, quais foram os maiores desafios que encontraste?
Quando comecei a interagir com o sector apícola um dos maioresdesafios foi conseguir reunir todas as condições para agendar visitas de campocom os apicultores e georreferenciar o número máximo de apiários, entre outrosdados, para que fosse possível desenvolver este trabalho. 

A nível empresarial as dificuldades no setor apícola são várias e,por vezes, os desafios são grandes para conseguir rentabilizar da melhormaneira o que apicultura tem de melhor. Existem várias medidas que não sãocumpridas, o que acarreta graves consequências e impossibilita a construção umaestrutura apropriada de apoio aos apicultores.

É urgente a necessidade de "bons líderes" no sectorapícola, aqueles que conseguem valorizar a apicultura, formando uma equipa e,que concordam em repartir os apoios segundo as necessidades reais dosprodutores. E eles existem e são uma referênciapara mim porque, apesar de todas as dificuldades, fazem aquilo que mais gostamdando o exemplo e motivação a outros para fazerem sempre o seu melhor.

5.     Como é o teu dia-a-dia?
O meu dia-a-dia começa por visualizar as tarefascom maior prioridade e proceder à realização das mesmas, oqual conto com o apoio da Cláudia Oliveira, queestá integrada na empresa BeeRural, desenvolvendo trabalhos na segurança ehigiene no trabalho apícola, controlo de qualidade e acompanhamento técnico aosapicultores. Entre o serviço prestado no gabinete, sempre que existedisponibilidade visito os meus apiários e prestamos apoio a outros produtores.

Cláudia Oliveira


Todos os dias são um desafio para tentarcorresponder às necessidades que existem no sector apícola sendo, por vezes,difícil ter capacidade de resposta para alguns dos problemas dos apicultores,como a disponibilidade de venda de medicamento veterinário para as doenças dasabelhas.




6.     Como surgiu a BeeRural?
Surgiuda necessidade de desenvolver estratégias para valorizar a Apicultura em Portugal. Na minha opinião e,perante a realidade que está acontecer no sector, o importante não é vendermais mas sim vender melhor, num ciclo corporativo continuo em defesa doprodutor. Durante o trabalho desenvolvido até ao momento, verifiquei queo nosso sucesso pode estar na observação dos pequenos detalhes e é nisso que amarca BeeRural aposta, de modo a  valorizara apicultura em Portugal, assim como alertar asociedade para a importância das abelhas no equilíbrio ecológico do planeta.




7.     A BeeRural é muito mais do que apenas acções de formação pontuais.Surpreende-nos com todos os serviços que disponibiliza.
 A empresa BeeRural além das formações, tem vindo a fomentarrelações de proximidade com apicultores locais, prestando um serviço técnicocontínuo; estamos a finalizar um produto de qualidade, de origem exclusivamenteportuguesa (Mel), que será reconhecida pela sua embalagem diferenciadora. Paralelamente,desenvolvemos atividades educativas com criançasdo ensino pré-escolar e 1ºciclo, de modo a alertar para a importância dasabelhas no equilíbrio ecológico do planeta.




Neste momento, colaboramos com entidadespúblicas e privadas em prol da apicultura, de modo a disponibilizar formaçãogratuita e outros apoios através do Programa Apícola Nacional (PAN).

Por último, no âmbito de apiturismo, fazemos visitas guiadas parapessoas que têm a curiosidade em conhecer o mundo das abelhas, sendo um desafioe uma experiência única.


8.     Este é um caminho de enorme persistência e em acreditardiariamente que vai correr bem. Naqueles momentos em que as dúvidas seinstalam, como fazes?
Quando as dúvidas se instalam tento pensarnaquilo que é realmente importante e agir em conformidade. Normalmente acreditoque tudo vai correr bem e que as adversidades são, por vezes, uma oportunidadepara demonstrar que somos capazes de superar as dificuldades.

9.     Trabalhas maioritariamente com pessoas mais velhas, com uma sériede hábitos instalados de décadas de prática. Como tem sido a experiência dasformações que dinamizas?
As formações que a Beerural promove têm surpreendidomuito porque recebemos pessoas de várias zonas do país e temos apicultores de umafaixa etária mais elevada, que se mostram interessados em adquirir conhecimentose novas práticas apícolas. Nos últimos anos, verificou-se umacréscimo de novos apicultores apoiados através de estratégias comunitárias,uma medida que veio contribuir para o desenvolvimento do sector e na procura danossa formação.
Não posso deixar de referir, que o sucesso danossa formação está também nos nossos formadores, que são apicultores profissionaiscom motivação para ensinar e promover técnicas que contribuam para o bem-estardas abelhas.




10. Sendo tu a abelha mestra… quem não pode faltar na tua colmeia devida?
A família e os fantásticos amigos que fiz aolongo desta caminhada. É tão bom sentir que deixamos um pouco de nós e, quemuito do que somos é o resultado dos lugares onde vivemos e das pessoas que amamos.

11. Ouvimos dizer que o mel faz bem. Para quem não gostar de mel, comoo convences a comer?
O mel além de muito saboroso é um alimento que podeser usado para fortalecer o sistema imunitário, é  considerado um adoçante natural e ajuda a eliminar as toxinas favorecendo adigestãoAlém disso, o mel é o únicoalimento naturalmente doce que contém proteínas e sais minerais, como potássioe magnésio, que são importantes para a saúde. Portanto, para  quem não goste, deve fazer o esforço paraincluí-lo na alimentação e usufruir de todos os benefícios que traz.

12. Próximos passos… quais são?
Lançamento da Marca Beerural com diferentes tipos de méis;
Estabelecer parcerias para a prestação de serviços com outrasentidades públicas e privadas;
Desenvolver condições para a produção de outrosprodutos da colmeia, como o pólen e o própolis;
Exportação dos produtos da marca Beerural;
Apostar em ferramentas de apoio a futuros trabalhos académicos
(…)

13. Este blog chama-se Penso Rápido – pequenos remédios para ascomichões do dia-a-dia. Que Penso Rápido usas no teu dia-a-dia?
Um penso rápido muito colorido, cheio de boas energias, comresiliência que qualquer pessoa vai querer ter consigo.



Vamos Cuscar? 11#

Entrevista: Vera Dias
Trabalhar em equipas grandes temdestas coisas: passamos meses a trocar mail´s entre nós, sem associar osendereços às suas caras. Descobri já a formação ia a meio, que a Vera pertenceà mesma localidade que eu. A partir de um pedido de troca de informações quelhe fiz, descubro que não só vivemos mais ou menos a poucos quilómetros uma daoutra, como temos pessoas, de quem gostamos muito, em comum: uma amiga, afinalirmã dela. O mundo é pequeno e às vezes, diz o acaso, que isso é bom. Acabotambém por saber que a Vera é diabética e que embora ainda esteja quase a terminara sua segunda década devida, é daqueles jovens que se mexe e leva as causas em que acredita, muito asério. Sai do sofá e faz qualquer coisa. E ver alguém, com um sorriso rasgado,que começana boca e termina nos olhos, apesarde alguns contratempos que tem que enfrentar, diariamente, é mais do que motivopara dar vontade de … cuscar. Vamos cuscar?!




Idade: 28 anos
Naturalidade: Coimbra
Comidas preferidas: Caldo Verde, Sopa de feijão-seco com couveportuguesa, Sopa de agrião, Sopa de espinafres. Broa de milho com manteiga. Segundoprato Bucho, Arroz de bucho e pasta!!!I love pasta!  Fruta.
Um livro a não perder: O Senhor dos Anéis, Harry Potter

1.      Sepudesses convidar alguém famoso (vivo ou morto) para jantar, quem escolherias eporquê?
Perguntadifícil... Talvez o Tim Burton. Sou muito fã da sua obra e gostaria muito decompreender como lhe surgem as ideias e como se consegue ser tão criativo.

2.      Em quealtura aparece a diabetes na tua vida?

Embora eu tivesse todos os sintomas, a“ignorância” levou-me a justificar os comportamentos com stress e necessidadede estudo. Apenas a perda de 25 quilos me fez ir ao médico de família paratentar perceber se alguma coisa se estava a passar. Na altura comiaprovavelmente umas 4000 calorias diárias mas a minha perda de peso era  demasiado significativa, para poder ser“aceitável”.

Eu estava no 11.º ano, tinha 17 anos de idade. Confesso que após o diagnóstico,compreendi os meus comportamentos tão acentuados e brutos. Compreendi que nãoestava mesmo nada bem...

3.      Comoé viver com a diabetes actualmente?

Atualmente a diabetes faz parte do meu“EU”. Eu tenho diabetes há 11 anos e não consigo, por exemplo, olhar para a comidasem fazer os cálculos do aporte de glícidos que tem, e da necessidade deinsulina que terei, mesmo se não o for consumir.

 Viver com diabetes é viver de uma formamuito mais madura e responsável. É um desafio diário, mas não há dia em que nãopense que o diagnóstico “me tornou especial” e me fez conhecer tantas, tantas, tantas pessoas especiais.



Como qualquer outra patologia crónica, temmomentos muito difíceis, como por exemplo, situações de stress em que nãoconsegues de nenhum modo “dominar a fera”. Mas é um desafio, que com as novastecnologias é bem mais fácil, e vais aprendendo a “orientar a fera”. Já tenteipensar quem seria se não tivesse diabetes, não consegui chegar a nenhumaconclusão. Apenas penso que se não tivesse diabetes teria optado por estudarMatemática, mas não consigo “ir mais além” deste pensamento. Eu tenho diabetes!Faz parte de mim e define o meu EU! =)


4.      Destea cara, e bem, pela nova tecnologia que existe e que melhora bastante aqualidade de vida de quem tem esta doença. Segundo a Sic Notícias Uma tecnologia digital de controlo da diabetes,sem as habituais picadas diárias.” Existeinclusive uma petição pública para que este aparelho tenha algum tipo decomparticipação. Para quem ainda não está convencido em apoiar esta causa, que não leva mais do que 20 segundos, bastando para tal, clicar aqui, o que tens a lhes dizer?
Este tecnologiafaz parte dos meus sonhos desde o meu dignóstico de diabetes. Picar o dedo,pelo menos, 7 vezes por dias para obter valores de glicemias “isolados”, que tefazem tomar decisões no tratamento é muito “pobre”. As “picadinhas” em que porvezes não consegues sangue suficiente (por causa do frio tens menos irrigaçãosanguínea e é mais difícil obter umas gotas de sangue com volume suficiente parao teste, por exemplo), em que por vezes a punção no dedo te magoa horrores equando estás a trabalhar (teclar no computador), te provoca dores tremendas...
Finalmente, esta tecnologia chegou a Portugal e à semelhança dos outros países,os resultados têm sido muito bons.

Eu apoio apetição com todas as minhas forças! Curioso falares do assunto porque o mentor,o Sérgio, pediu-me para ajudar a construir a fundamentação da petição.
Relativamente àtecnologia tenho a dizer que o FreeStyle Libre permite à pessoa com diabetesobter, em vez de 7 valores diários, 1440 valores com indicação de tendência daglicemia, se está a descer, a subir, acentuadamente ou não... Esta informação possibilita-nosatuar prevenindo agudizações, como a hipoglicemia ou hiperglicemia que podemprovocar o coma. Por exemplo, o tratamento de uma hipoglicemia em meioHospitalar tem o custo de mais de 3000€. Esta tecnologia reduz o número egravidade de hipoglicemias, promove a melhoria do controlo glicémico comconsequente diminuição das complicações da doença e dos custos associados. Estatecnologia permite avaliar a glicose em 1 segundo, aumentando a qualidade devida do doente.

Não posso deixarde dizer que quem usa esta tecnologia, reduz significativamente o uso de tirasde teste de glicemia, que são comparticipadas pelo Estado. Deste modo, fazsentido que quem utilize o FreeStyle Libre (diminui o uso de tiras) tenhaalguma comparticipação do Estado Português.





5.      Estudastenutrição pela pura vontade de comer?
Estudei Nutrição pela importância que temno controlo da diabetes e para poder ajudar pessoas na mesma situação que eu.Optei por esta área porque é um dos principais determinantes em saúde do nossotempo. A alimentação desadequada  é acausa da maioria das patologias do “nosso mundo”.

6.      Paraquem percebe tanto de alimentos e seus nutrientes, ao que é que tens dificuldadesem resistir?
Chocolate com avelãs e filhós.

7.      Natua opinião, como se come em Portugal?
Portugal é um dos membros da DietaMediterrânica. A verdade é que o consumo excessivo de açúcar, calorias e sal éuma das conclusões dos estudos realizados no âmbito dos hábitos alimentares.Juntamente com o baixo consumo de frutas e vegetais, são a causa das doençascrónicas que atingem metade da população portuguesa. Isto é um factoassustador!
Acho que os hábitos alimentares dosportugueses têm melhorado, mas os nutricionistas têm muito trabalho “pelafrente”.


8.       Pensando agora nas famílias e escolas, quemensagem gostarias de deixar aos pais e aos gestores das escolas, no que dizrespeito às questões alimentares?

Preocupa-me muito! Cada vez que faço uma ação de sensibilização emcrianças, inquieta-me a composição das “Marmitas” da maioria: ricos em energia,açúcar e sal. É nesta faixa etária que se definem hábitos alimentares que semanterão para a vida adulta. Por favor, percam 5 minutos do vosso dia a fazer olanche do vossa(o) pequena(o), pois esses minutos diários definirão a saúdedela(e) no futuro, a médio e longo prazo.




9.      Tenstambém um blog deverasnutritivo. Escrever ajuda a estarmos mais perto dosoutros?
Sim. O DeVerasNutritivo nasceu da necessidadeque sentia de estar próxima das pessoas com as mesmas preocupações,sentimentos, frustrações, dúvidas que eu. Nasceu com o objetivo de partilhar asminhas experiências e de me possibilitar uma aprendizagem contínua que adiabetes exige, de modo a que essa aprendizem seja discutida e enriquecida porcada “um de nós que a vivenciamos”. 

10.  Adiabetes não define quem tu és, será apenas uma parte da tua vida. Que sonhosexistem para lá do horizonte?
A diabetes faz parte do meu “EU”. Sonho aproveitara vida ao máximo, sentir-me realizada a nível pessoal e profissional, ser útilà sociedade, sorrir e fazer sorrir.

11.  Esteblog chama-se Penso Rápido – pequenos remédios para as comichões do dia-a-dia.Que Penso Rápido usas no teu dia-a-dia?
Respirar fundo,música, os “meus” meninos, família e amigos. Natureza e correr.







Vamos cuscar? 10#


Falar daGabriela é falar do seu maravilhoso cabelo ruivo encaracolado, tão rebelde…quanto a dona. É falar de um tom de voz sereno e provocador ao mesmo tempo, dequem pensa sobre o que a rodeia, com aquela sabedoria de perceber que é nospormenores do dia-a-dia que a vida existe: parar e absorver uma paisagem, umacomida boa, a companhia dos amigos. Os nossos caminhos cruzaram-se por motivosde trabalho onde se discutia formas de estar e pensar num mundo maisIntercultural. Sem hipocrisias, nem falsos moralismos. 

Das vezes quefalamos, sinto-me um pouco a enganá-la: porque levo sempre muito das suasexperiências, vivências e formas de estar. A Gabriela tem uma energia tão boaque apetece apenas estar ali. Chama-se a isso partilhar e aprender com quem,para além do saber, sabe Ser por inteiro. Vamos cuscar?



Idade: Quase, quase a fechar 45 aninhosbem vividos.

Naturalidade: Da grande nação do Portoque constitui uma parte incontornável da minha identidade.

Comidas preferidas: A cozinhamediterrânica e oriental encanta-me, mas desde que não tenha carne ou leite,gosto de experimentar de tudo.

Um livro a não perder: É impossívelescolher. Não passo sem livros e tenho um gosto muito eclético. Tenho umfraquinho por ficção científica desde miúda e por literatura nórdica desde oano passado. Agora ando a descobrir o Nikos Kazantzakis e estou encantada.Aconselhava a não perder o último que li dele - “Report to Grego” que aindaestou a digerir e infeliz por ter terminado.

Se pudesses convidar alguém famoso (vivo oumorto) para jantar, quem escolherias e porquê?
Convidava mesmoo Nikos Kazantzakis. Acabei de o descobrir e depois do “Report to Greco” que éuma espécie de autobiografia, tenho muitas perguntas para lhe fazer. Era umhomem interessantíssimo, sem medo de se questionar a si próprio e ao mundo, umdos maiores escritores, poetas e pensadores gregos do século XX.

1.       Esta tua paixão pelas questões de educação,começou como?
Achoque já nasceu comigo, porque sempre gostei de aprender. Sempre tive um espiritomuito curioso sobre tudo o que me rodeia. Como profissão, percebi a certaaltura, quando estava muito envolvida com movimentos sociais e oassociativismo, que a Educação era o instrumento mais sustentável para promovermudanças positivas na vida das pessoas e no planeta. E então orientei a minhavida nesse sentido, de promover e desenvolver a Educação.


2.       Se tivesses uma varinha mágica, o quemudavas já na forma como a educação está a funcionar no nosso país?
Comuma varinha mágica estás a pedir a utopia a curto prazo e nesse caso mudavatudo: turmas mais pequenas, mais professores, currículos integrados, mais arte,mais filosofia, mais tecnologia, mais aprendizagens fora de 4 paredes, maiscompetências pessoais e sociais, mais tempo para brincar e para usufruir danatureza, mais cooperação e menos competição, avaliação diferenciada… podíamosficar aqui muito tempo.


3.       Como surgiu a tua ligação com a UNICEF -Angola?
Eu sou consultora independente epresto-lhes serviços. Tenho trabalhado com ONGDs portuguesas e estrangeiras,instituições públicas, enfim vários actores do desenvolvimento a quem prestoserviços na área da educação. Nos últimos anos tenho tido alguns contratos coma UNICEF e tudo começou com uma candidatura normal. Calhou de o meu perfil sero que eles precisavam.





4.      Diz-seque quem passa por África, não fica indiferente. Verdade?
Sãoexperiências muito intensas. Há pessoas que detestam, outras que amam eprovavelmente a maioria vive uma montanha russa de sentimentos contraditórios.Eu sou uma delas. O certo é que, para o melhor e para o pior, essasexperiências causam desconforto e encantamento, abalam as nossas crenças, osnossos valores, a nossa visão do mundo. Eu gosto disso.




5.       Os teus relatos por Angola são cheios decolorido realista de quem, por um lado, sabe ver para lá do cinza, e de quem,por outro, já perdeu a ingenuidade de acreditar que o mundo muda, só com a boavontade. Como é o teu dia-a-dia lá?
É verdade, tenho noção que no início tinha umaideia romantizada do trabalho nesta área e com o tempo fui aprendendo avalorizar as pequenas mudanças que somos capazes de criar no dia a dia, naspessoas com quem nos relacionamos, nas comunidades. E aprendi que posso fazerisso em países de África ou em qualquer outro lugar. O facto de continuar agostar de trabalhar nestes contextos é porque me confrontam mais, porque estoumais exposta a diferenças, ao choque cultural, porque gosto de viajar econhecer outras culturas. Acho que tenho uma visão muito mais realista ehonesta hoje em dia.

Quanto ao meu quotidiano, depende doprojecto em que estou a trabalhar. Tanto posso estar num gabinete do Ministérioda Educação a fazer uma colaboração para assistência técnica, a dar formaçãonuma associação local, como posso estar a recolher dados, por exemplo, numapovoação rural a muitas horas de viagem por picadas inacreditáveis, onde não háagua potável, nem electricidade, nem internet, nem alojamento confortável oulocais para comer, onde as pessoas vivem em situações de pobreza extrema.





Nastuas viagens de regresso a Portugal, o que trazes na tua mala?
Trago sempre saudades, que é uma coisa queeu adoro - distanciar-me e ganhar perspectiva para valorizar e ter saudadesdaquilo e daqueles que são verdadeiramente importantes. Venho semprecarregadinha de aprendizagens também: muitas pessoais, outras profissionais. Etrago livros, música, histórias, sabores novos, tudo o que posso descobrir noslugares por onde passo.


6.       Dos muitos lugares por onde já passaste,qual o que mais te marcou pela positiva?
Moçambique,porque foi o primeiro amor.





7.       Por mais voltas que dês ao globo terrestre,voltas sempre ao teu Porto. O que tem o Porto de tão bom?
Os afectos materializados em pessoas,lugares, paisagens, espaços, memórias. Adoro o facto de ser uma cidade pequenacom tudo o que preciso. Adoro poder chegar ao rio e ao mar em 10 minutos e depoder organizar um jantar de amigos a meio da semana em meia hora. Adoro afrontalidade e até alguma rudez desta terra onde palavrão é pontuação dasfrases. Adoro esta cultura de arregaçar as mangas e não ter medo de ninguém. Éa minha casa, acho que isso resume tudo.


8.       Tens um passaporte na tua mão, sem qualquertipo de restrições. Qual o destino?
Neste momento, a Islândia.


9.       Este blog chama-se Penso Rápido – pequenosremédios para as comichões do dia-a-dia. Que Penso Rápido usas no teudia-a-dia?
São3 e curam quase todos os meus males: Meditação, bom humor e ioga.



Vamos cuscar? 4#

Sempre a conheci com um sorriso fácil no rostoe uma vivacidade no olhar. Uma energia que contagia quem com ela fala.Provavelmente já não se deve recordar, mas lembro-me de há uns anos nos termoscruzado numa praia. Eu em passeio, ela a dinamizar a divulgação de um festivaldesportivo de frisbee. Recordo-me do entusiasmo com que falava, que aindaestava a “caminho” do que realmente queria fazer, mas que fazia por aproveitara viagem que estava a ter naquele momento. Tudo serve de aprendizagem afinal.Passou pela rádio, pela TV e agora trabalha na divulgação de vários projetosdas marcas TSF, Dinheiro Vivo e Delas do grupo Global Media Group.

E é uma apaixonada pelo desporto. Pelacorrida. Admiro-a e acompanho as vitórias e os dissabores de quem, de vez emquando está sujeito a recuperações. Percebe-se, pelo que escreve, que a muitocusto fica parada à espera que o corpo faça a parte dele e se despache em pôrtendões, músculos e outras coisas que tal, no sítio. Admiro gente, como aPatrícia, que seguem as suas paixões. Neste caso, literalmente a correr atrásdelas. A próxima meta está sempre por chegar, não é Patrícia?


Vamos Cuscar?

Idade: 37
Naturalidade: Coimbra mas da Sertã  ;)
Comidas preferidas: Bucho e Maranho recheadose … batatas fritas, o meu grande vício!

Um livro a não perder: Vai aondete leva o coração de Susanna Tamaro

1.       Se pudesses convidar alguémfamoso (vivo ou morto) para jantar, quem escolherias e porquê?
Ninguém! Não consigolembrar-me de ninguém famoso com quem quisesse muito jantar. Já correr … éoutra história! :D
Gostava muito de combinar umtreininho com a “minha” Frosty. Para quem não a conhece, ei-la aqui: Anna Frost https://www.facebook.com/annafrosty/ 
Roliça como eu (Pat, a Rollspara os amigos), que adora correr! Sendo que a Anna corre realmente à séria…

2.       Patrícia, tu nasceste... acorrer?
A minha mãe diz que eu fuisuper rápida a nascer, por isso … bate certo!
Diz quem me conhece que soumuito apressadinha e impaciente.
Se me perguntares: a correrou a caminhar responder-te-ei sempre a correr, adoro! 


3.       Quando e porquê começou estaprática desportiva?
Comeceia correr há cerca de 3 anos, em 2013. Frustrada por ser super sedentária,sentada à frente do PC o dia todo; os ginásios eram caros; e eu sentia umaenorme necessidade de purgar as preocupações e os stresses do dia-a-dia detrabalho, de alguma forma.
Epor isso, um dia… fui correr! E nunca mais parei!

4.       E quando é que a corrida setransformou em paixão?
Sinceramente?!Acho que a partir do primeiro instante. Custava-me começar, mas as sensaçõeseram tão boas durante e depois do treino que percebi desde logo que ia gostardisto para sempre. Não é paixão, é amor! J

5.       Qual foi o percurso, que tevea meta mais difícil de atingir?
Nãohá provas iguais. Mas sem dúvida que o percurso que mais me custou fazer, pelonúmero de horas em prova, foi o UTAX: Ultra Trail das Aldeias de Xisto, 109Km, D+6100,em 24h39mn. Foi duro, muito duro.

6.       Já fizeste alguns percursosfora do país. Qual é para repetir e porquê?
Tenhouma máxima: Não repito provas! Eheheh Por uma simples razão: o objetivo defazer provas lá fora é aliar duas das coisas que mais gosto de fazer: correr eviajar. Assim, aproveito para fazer férias, conhecer culturas diferentes e, by the way, fazer uma prova de corrida. Odinheiro não estica, por isso, tento ir sempre para sítios diferentes. Soumenos viajada do que gostaria de ser, pelo que tenho de rentabilizar ao máximoos destinos que escolho.

7.       Antes do sinal de partida, oque te passa pela cabeça?
Tudoe nada! É uma amálgama de sentimentos, uma mistura de adrenalina com felicidadeestonteante, com nervoso miudinho e muitas borboletas na barriga.
Nãose explica, sente-se! 

8.       Algumas metas nunca maischegam. O que se pensa durante 1, 2, 3, 4 ou mais horas em que se está acorrer?
Sabes,sou muito feliz a correr (pelo menos enquanto não tenho muitas dores)! Façoplanos de vida. Penso nos amigos, na família. No que quero fazer. No queambiciono ser. Na próxima prova. No que farei assim que passar a meta. No quetenho de otimizar em termos de treinos para não sofrer tanto. Em todas aspalavras de apoio e incentivo que me dedicaram. E até nas compras de roupa e desupermercado que preciso de fazer lá para casa, eheheh!

9.       Nem sempre corre como oprevisto e às vezes parar é um sinal de coragem maior do que continuar emfrente. Quando é que tiveste de dizer: “Já chega.”
Naprova CCC do UTMB – Ultra Trail do Mont Blanc L
Emboa verdade, eu não queria desistir. Mas em vez de 101Km fiquei-me pelos 72Km. AOrganização nem me deu hipótese de regatear uma possível oportunidade de fazermais alguns kms.
Motivoda paragem e abandono de prova: reincidência de uma lesão grave de entorse dotornozelo que tinha feito há 2 anos. A juntar a isto: um histórico de paragemforçada pós operação de urgência ao apêndice mais ausência de treino para poderrecuperar da intervenção cirúrgica e resultou numa sessão de choro compulsivo. Chorar,não de dores (ainda que as tivesse), mas por não terminar este desafio ….

10.   Para quem está com dúvidas, convence-noslá, a sair do sofá e começar a correr quanto antes.
Correré muito mais do que simplesmente correr! Correr é superação, é realizaçãopessoal, é testar limites, é ir sempre mais além, é querer ser melhor, é puxarpor nós, ajudar os outros e ser feliz!
Conseguiconvencer-te? Vamos correr? J

11.   As tuas muitas solicitaçõesprofissionais, são também sempre a correr.O que retiras da prática da corrida, para o teu dia-a-dia?
Sempreme cataloguei como corredora de fundo e não de velocidade. E por isso,resistente e muito resiliente. No trabalho também tenho de ser assim e tentar,tentar, tentar e nunca desistir. Se consegues fazer mais um km na corridaconsegues dar um passinho mais no teu crescimento e aprendizagem profissionais.E ganhamos todos, eu, os meus colegas, a minha equipa, a minha empresa!

12.   Se eu tivesse agora aqui umbilhete de avião, para a tua corrida de sonho... qual era o destino que lá estariaescrito?
Nãotenho, minha querida! São todas aquelas que ainda não fiz. Podia falar-te namaratona de Nova Iorque, na Ultra de Lavaredo ou em trekking no Nepal, mas hátantos mais exemplos para além destes que prefiro não avançar nenhum.
Maspodes oferecer na mesma! O que vier que venha por bem! J

13.   Este blog chama-se PensoRápido – pequenos remédios para as comichões do dia-a-dia. Que Penso Rápidousas no teu dia-a-dia?

Omelhor Penso Rápido do mundo são os amigos! Os meus amigos fazem parte de mim,de quem sou, da minha vida, do meu bem-estar. Sem eles sou muito pouco ou nada.Definem-me como ser humano. E eu gosto muito disso! 
















Vamos cuscar? 2#

Foram mais coisa, menos coisa, três anos de turma em comum. Depois cada um seguiu para a continuação dos estudos, por acaso na mesma cidade. 

O Rui fez engenharia em Lisboa e esta foi só a primeira paragem. Envolvido em variados projetos, acabou por se estabelecer em Barcelona. Com uma forma de estar muito própria, descontraída mas seguro de querer ir à procura de respostas por esse mundo fora. Haja perguntas para responder e muitos países para descobrir.

Um questionamento incessante sobre o que o rodeia. Uma vontade de fazer mais e melhor. E pronto. Foi fazer uma mochila e foi só ali dar a volta ao mundo. Literalmente. 

Está prometida uma pizza caseira cá de casa, para o regresso. Ah, esperem. Já regressou. Mas já partiu de novo para o país vizinho. E parece-me, diz-me a intuição, que não se vai aguentar muito por aquelas paragens. O bichinho está lá e tem o tamanho dos muitos lugares que ainda quer descobrir.

Rui, o ninja. Para cuscar, já a seguir.

P.S.1: Ahhh, as respostas do Rui vieram a verde...vá-se lá saber porqué...
P.S. 2: Já disse que ele foi a dois dos meus países de sonho, o Perú e a Austrália? Pois... para a próxima vou na mala. Está dito.


Vamos Cuscar?


Idade: 39
Naturalidade: Zimbabwe
Comidas preferidas: Polvoà  Lagareiro, bacalhau à Brás, frangoassado, feijoada
Um livro a não perder: Montanha Mágica de Thomas Mann
Se pudesses convidar alguém para o jantar (vivo ou morto), que personalidade seria e o que lhe darias para comer?
Convidava o Viriato e fazia douradas na brasa con batata, feijão verde e cenoura, cozidos e tudo regado com um bom azeite!


1. Toda esta viagem começou por umsonho. Como começou este sonho?
Começouquando decidi parar um ano da minha vida para esquecer a vida de trabalhoregular a que estamos habituados e que me tinha cansado...
O objectivoera sair da rotina e descansar depois de um projecto duro para a Costa doMarfim que foi a gota no vaso na minha vida. No final queria voltar a ser  “mais” eu!

2. Antes da partida, a vida pregapartidas. Que obstáculos encontraste?
Conseguircortar os elos sociais, criados ao longo de anos, para poder ir tranquilo e semolhar para trás. Elos burocráticos que te prendem à vida de uma maneira que nãote dás conta...e que dificultam uma viagem assim.

 3.  O que não te fez desistir?
Nuncame passou pela cabeca desistir... o meu optimismo e o saber estar sozinhosempre foram dois valores que trabalhei ao longo da vida.
Talvezum colega meu que ficou em coma (estava no mesmo projecto que eu) foi suficientepara colocar todas as dúvidas de parte.

4. Relembra-nos:
a)     Quantos países? 17
b)     Quantos meses? 6,5
c)      Quantos voos? Entre paises 19 (com escalas no Gana e regresso à Tailândia),internos como 18
d)     Que país é para repetir? Sao Tomé e Principe, Brasil, Argentina, Bolivia, Nova Zelândia,Austrália, India, Túrquia
e)     Que país não precisas/não sentesnecessidade de voltar a ver? Africa Sul e Méxicopela insegurança e USA pela superficialidade


5. Estás no avião, em Lisboa, para aderradeira partida. Para além da mala de porão, o que levava a tua alma e o teucoração?
Fazeralgo que mais tarde pudesse dizer que valeu a pena . Sentir que ter trabalhadoduro foi por um bom motivo e sentir que a vida e o mundo são demasiado valiosospara que fiques no mesmo local vendo tudo pela TV. No final partir como umportuguês mais...

6. O que ficou por ver?
Por verficaram muitas coisas em todos os paises visitados... mas o que vi era o quetinha que ver.
Tens deser frio ao chegar a alguns paises que sozinhos seriam continentes... viajartambém é saber dizer até um dia e partir feliz...

7. Quando, no caminho de regresso,estás quase a aterrar em Portugal, trazes, certamente, muitas lembrançasguardadas na mochila de viagem. Que pensamentos e emoções aterram tambémcontigo?
Osentimento de missão cumprida, regressei mais feliz comigo e mais livrementalmente.
Nadacomo o presente... esse depende de ti, logo as lembraças são para sempre.

8. Ao chegar, é-se o mesmo, ou ficouuma parte de ti, em cada um dos teus pontos de viagem?
Pensavaque não... mas quando chegas olhas para tudo de uma maneira diferente... forammeses longe da vida normal, sem regras, horários, o mundo agora é mais pequenoe a vontade de partir maior. Em cada local fica uma parte de ti com as pessoasque conheces.

9. Tens uma visão global do mundo,mais ampla, depois desta viagem. O que fazer com isso?
Semdúvida, entendes melhor certas decisões politicas entendes melhor o porquê dareligião entendes que as pessoas sao boas na sua maioria... queres ajudar mais  e se possivel colocar o sistema a funcionarpara ti ao contrário do que acontece.

10. Imagina que a partida é hoje. Oque farias diferente?
Nada!Tudo foi planificado dia a dia sem apoios e o mais expontaneamernte como queriapara uma primeira volta ao mundo.
Talvezfiicasse mais tempo na Argentina, Bolivia, Austrália e Turquia.
Alogistica depende de ti  e não se tratapropriamente de um passeio...


Este blog chama-se Penso Rápido –pequenos remédios para as comichões do dia-a-dia. Que Penso Rápido usas no teudia-a-dia?
Serpositivo, criativo e ajudar... logo tudo volta.


Rock & Roll e roda no ar!
























 P.S.4: Para quem quiser saber MAIS desta viagem é só clicar aqui e aqui.

Vamos cuscar? 1#

Há gente extraordinária à nossa volta. Gente que põe a render o seu lado comum, aparentemente banal e que depois lhe dá uma cor, uma roupagem e um toque que nos fazem querer saber mais deles.

E não é preciso abrir revistas cor de rosa. Existem sempre bem perto de nós. De todos os nós.

Começa assim um ciclo de gente que apetece cuscar. Saber mais e sobretudo aprender mais com eles.

A Zita é uma dessas mulheres. Conhecemo-nos há... uma série de anos, quando ainda se andava de mochila e se principiava a começar a sonhar no futuro. Já na altura tinha uma forma tão boa e criativa de pensar os seus dias. Uma apaixonada pela Química. Um dos meus "ódios de estimação". Com ela aprendi a rir-me com as moléculas e átomos e outros seres invisíveis.

Não sei se foi por essa sua paixão pelo que não se vê no imediato, que é sobretudo uma Mulher de Fé. Conjuga assim dois polos tão improváveis: uma Doutorada na área das Ciências e uma Mulher de Fé pensante na religião católica. Pensante porque se questiona, procura respostas e vive de acordo com essa crença. Sem falsos moralismos. Afinal a ciência ensinou a mostrar que as coisas são como são.

Estudou anos na área da Genética e outras coisas que nem consigo explicar (já disse que a Química não é meu ponto forte?). Fez doutoramento com distinção nessa área. Uma apaixonada e basta ver o seu brilho no olhar quando fala dela.

E agora tem uma empresa de brindes para festas de crianças (para ver aqui.Porquê?
Bom, é só ler a seguir.

P.S.1: Esqueci-me só de dizer, dois pequenos pormenores. A Zita com o seu companheiro de vida adotaram, não uma criança, mas dois irmãos gémeos.

P.S.2: E para além de duas crianças, têm adotado, ao longo dos anos, animais, vá-se lá saber porqué, que lhes aparecem à porta e esta família de 4 humanos, conta ainda com 9 cães e 5 gatos. 

Bonito, né?

P.S.3: Para os anos dos meus, encomendei brinquedos simples para as pinhatas e para ofercer aos amiguinhos e recomendo. E não, todo este texto não tem qualquer tipo de patrocínio a não ser o da pura amizade. 



Vamos cuscar?


Se pudesses convidar alguém para o jantar(vivo ou morto), que personalidade seria e o que lhe darias para comer?
Jesus, peixe e pão, LOL. Fora de brincadeiraseria mesmo Jesus. O que comer acho que é a parte complicada, deixava quedecidíssemos os dois. Estou certa que não se importava de esperar e ajudar acozinhar. Seria divinal.  :D

Um livro a não perder: Os Maias.

1   A tua área de estudos está muitodistante do teu trabalho de agora. Qual a tua área de paixão de trabalho?
Genómica.

2     A certa altura as portascomeçaram-se a fechar. O que se pensa nessa altura?
O meu primeiro pensamento é;Deus é grande e sabe o que faz. Depois, quando o que Ele faz não tem mesmo nadaa ver com o que nós queríamos, bem… chora-se, passa-se por uma montanha russade pensamento, emoções, e torna-se a pensar, Deus é grande, e vou refilandocomo filha para o Pai. Mas Ele tem sempre razão! Seja como for, a vida continuae se Deus cuida dos passarinhos também cuida de nós! E cuida mesmo, às vezes asencomendas chegam e é exatamente o que é necessário nessa semana (podia ser umbocadinho mais). Incrível!

3   Felizmente, o ser humano émultifacetado. Como surgiu a ideia da Happy Brindes & Festas?
A ideia foi surgindo, devagarpasso a passo, foi crescendo e continua a crescer. Começou pela minhanecessidades de encontrar artigos para as festas dos gémeos a bom preço, semter de correr uma série de lojas e não poder comprar nada pelos preçoselevados. E claro o grande impulsionador foi o facto de após ter terminado odoutoramento, ter ficado no desemprego, sem direito a qualquer ajuda ousubsidio. 
Estrangeiro? Sim, Canadá foi muito falado cá por casa mas a verdade éque estava e está fora de questão pelos meus filhos de 4 patas. Ajudámos muitos animais abandonados e acabamos por ficar com alguns, por motivos de doença oupor não terem “etiqueta” ninguém os quis, ainda bem! Eles são um dos grandespromotores do meu trabalho. 
Porto ou Lisboa?! Sim procurei emprego e depois caí em mim. Como posso desaparecer da vida de duas crianças que agora começam aviver com pai e mãe!? A mãe desaparece novamente e só temos mãe ao fim desemana. Como posso fazer isto a crianças com 5 anos de vida, da qual tem menosde 1 ano com pai e mãe. Não posso, assumi uma responsabilidade de dar a duascrianças uma família “normal”. Deus é grande e vai ajudar. Assim pornecessidades economias, (somos 18 boquinhas para alimentar) tinha mesmo deencontrar algo que me desse liberdade de horário pelos miúdos (principalmentepela menina), e me permitisse ganhar algum. Para além do mais, a lida doméstica émuito monótona, nunca está nada realmente feito e louvo quem consegue viverassim, ser domestica, mas eu estava a ficar ainda mais doida! Tive de procurei algopara fazer…  e , vivam as novastecnologias. Com o YOU Tube, tudo se aprende! Aprendi muito pelo You Tube, passeisemanas a ouvir e ver videos brasileiros, na realidade de toda a América do Sul,já falava “brasilespanhol”. Fiz uma formação para trabalhar com balões, e outrade pequenos elementos de decoração, o resto é pensar, imaginar e fazer váriasvezes ate ficar o melhor que conseguimos. Em resumo, Deus ajuda MESMO, e anecessidade aguça o engenho! Sou prova disso.

4   O que tens descoberto e aprendidoneste teu novo caminho, que nunca imaginaste?
Que Deus realmente ajuda, que há momento muitocomplicados mas Ele está lá. Que somoscapazes de muito, quando temos mesmo necessidade disso. Mas infelizmentetambém descobri como as pessoas conseguem ser mesquinhas, gananciosas, falsas, eoutras características que não importam mencionar, que conseguem ter euros nolugar de um coração. Mas apesar de tudo há gente com coração cheio de amor e nolugar certo e que são capazes de tanto bem!

Descobri que ninguém nascecom um único propósito, que somos mesmo multifacetados, que verdadeiramente“santos da casa não fazem milagres” isto porque quem os conhece não consegueacreditar neles, que é muito complicado VIVER a vida com os planos que a Vidanós dá, que queremos sempre controlar tudo, e todos os planos que a vida tempara nós. 

Aprendi que ser realmente livre, ninguém quer! Isto porque temos umanecessidade incompreensível de nos sentirmos úteis, necessitados, amados,importantes na vida de alguém, respeitados. Isto porque a sociedades nos“envenena” assim que nascemos com que devemos fazer… estudar, casar, ter filhos,de preferência ter um bom ordenado, muita responsabilidade, ser importantes.MESMO? Será que deve ser mesmo assim?! Já há muitos que acordam, parece o“Matrix”, mas é verdade, a vida é tão boa, porque é que temos de complicartudo? O Homem sofre porque quer! Há sempre o que quer mandar, e os que queremobedecer para não terem de ter responsabilidades. Enfim, em suma tive tempo parapensar, LOL.


5   Qual a parte que mais gozo te dá?
Sem dúvida, ver as fotos queas mamãs enviam das festas dos seus piolhos, com o que fiz. Fico tão feliz queas vezes nem eu acredito! Porque fico feliz com as festas dos outros!? Não sei,mas fico e muito! Ver como as festas ficam mais bonitas, cuidadas, como sesente o carinho de todo o trabalho. A alegria dos miúdos, os sorrisos e asmemórias que eles nunca mais esquecem. Isto porque acredito que a felicidade éfeita por muitos momentos de alegria (para mim a alegria é a unidade dafelicidade, verdadeira alegria) e sinto-me privilegiada de poder contribuir como meu ganha-pão para momentos de alegria de muitas pessoas.

    Algumas curiosidades:
Qual o produto que mais se vende?
Os sparkles, photo booth e decorações como toppers.

Que pedido já te fez rir à gargalhada?
Tive uma encomenda de uma pinhata, pediram para por a fotode um actor, fez-me mesmo rir porque a foto que enviaram era malandreca e erapara um aniversário de uma adolescente.

7    Como imaginas este teu novoprojeto a crescer?
Gostava de conseguir ter umaloja online a funcionar, mas o que realmente adorava era poder ter mais alguém atrabalhar comigo. Seria maravilhoso se a Happy&Brindes e Festa desse para nós ecrescer para dar emprego a mais alguém.









Mais sobre mim

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em destaque no SAPO Blogs
pub