Do dia de ontem, e dos emails que se trocam com quem nos preenche tanto os dias, acompanha e está por perto, mesmo estando longe. O que seguiu: "Posso faltar ao trabalho e ir correr agora para casa?
Calçar umas pantufas? (deus como tenho os pés frios...)
Enroscar-me no sofá e por lá ficar até o rabo me doer?
Beber chá?
Posso?
Ficar quieta, quieta que até o pó fique incomodado com a minha lentidão?
E espreguiçar-me, tal preguiça e deixar a tristeza sair, devagar, devagarinho, lentidão profunda.
E ficar por ali assim."
Ela respondeu-me que sim, que poder, poder podia. Mas que no fundo não dava. E eu sabia. Mas fiquei melhor porque às vezes, muitas vezes, falar ajuda a curar.
Instruções de leitura:Ler com esta banda sonora. Não sei se é universal ou não. A música em mim sempre teve este efeito. Não ligo à letra propriamente dita, seja em que língua for. Ligo à língua da melodia, se sobe de tom ou não, as pausas, os ritmos...tudo é respirável. Como se fosse uma linguagem universal que me toca às emoções. Quem me conhece sabe que as emoções fazem parte do cardápio diário: na profissão, na forma de estar, de ser, de dar, de receber. Acho que, por isso mesmo, posso ouvir a mesma música, vezes e vezes sem conta, até ficar enjoadinha, enjoadinha e mesmo assim, insisto até quase vomitar todas as notas. Todas as notas, e não as letras. Foi por isso mesmo que vi a apresentação deste filme, no sítiode inspiração de tantos dias e não descansei enquanto não descobri como se chamava esta música. Não sei quantas vezes a ouvi já... E ao mesmo tempo que estava a ouvi-la, estava a ler esta históriae como é uma história de determinação, de força, de coragem, história em que a idade não conta, nem o número de filhos, da dose certa de loucura, de ser sempre tempo de começar de novo, do nada, do sim, de muitas vezes sim, histórias de acreditar que sim. É disso que precisamos mais. Histórias de acreditar que sim. E sim, chorei um pouco porque me fazem sempre sentido histórias de verdade, de voltar a acreditar que um dia vai ser assim, cortar a meta. As tantas que temos que cortar mas que estamos a adiar. Histórias de acreditar que sim. Vamos a isto?
As pessoas que nos rodeiam dizem muito de quem nós somos. Aquelas que nos roubam com facilidade sorrisos e acreditares. Gente boa à nossa volta, torna-nos melhores. A partilha de energias faz com que se multipliquem e por esse motivo, quando estamos assim rodeados, acreditamos em ver mais além. Dias que acabam tão bem. Como este dia de hoje em que mais uma parceria boa com a Happy Woman Details resulta na publicação de mais um texto-filho.
O ano novo foi festejado há uma semana e continua esta vontade de me manter motivada em agarrar este ano pelo gasganete. E como a estrada já tem algum caminho tenho esta certeza de que é preciso alimentar a alma e a vontade, mais ainda do que o corpo. Hoje veio parar-me isto às mãos. Uma vontade de todos os dias.
Surge mais um mês, o primeiro deste meu novo, querido, doce ano. No mês anterior fiz uma lista de coisas que ando a adiar para despachar de uma vez, no meio das outras quinhentas e noventa e duas e meia coisas que há para fazer diariamente. Olhando para lá, foi quase tudo feito e estou contente por esta nova forma de agir mais para a frente. O que ficou por fazer vai ser acrescentado à lista deste mês que vai ficar pronta este fim-de-semana. Arrumar, na cabeça e no coração o que há para fazer e avançar. Aos fins-de-semana acontecem sempre muitas coisas por estes lados: uma casa para organizar e planificar, do que passou e da semana que está para chegar. Ter presente tempo para eles, os meus tesouros e amores. E o meu tempo e espaço que fica sempre no fim da lista e que aos poucos, vai subindo nas prioridades de ser-se feliz. E vieram parar-me estas ideias giras, deste blog também muito sugestivo, que concilia o prático, com esta coisa boa de se ser mulher, para além de mãe. Fica a sugestão. Feliz outubro!